sábado, 23 de julho de 2011

SUICÍDIO

Os psiquiatras e psicoterapeutas, por motivos óbvios, não gostam de admitir diante de seus pacientes uma dado óbvio: "a depressão é a principal causa de suicídios."

Nesta problemática, existem aqueles que "tentam o suicídio" como forma de chamar a atenção e os que, de fato, morrem.

No primeiro caso, o mínimo que se pode dizer é que existem formas mais interessantes de chamar a atenção, mesmo consideração, como diria Freud, o componente auto-destrutivo encontrado em todos os indivíduos. O segundo caso é diferente. O suicídio "de fato" é visto, algumas vezes, como um ato de honra, como os "kamikazes" japoneses na Segunda Guerra Mundial ou, mais recentemente, os ataques terroristas de grupos radicais islâmicos, como ocorreu com o World Trade Center em 2001.

A depressão clínica pode ser um elemento relevante neste processo, pois a doença "puxa" o indivíduo para a morte. Viver, assim, seria quase como ir contra a natureza da própria doença. Trata-se de uma doença genética. Pode ser tratada com modernos remédios - Prozac, Zoloft, entre outros - e com a ajuda de profissionais adequados, como os psiquiatras e os psicólogos.

Após as pesquisas de Michel Foucault, com seus livros "História da Loucura" e "Nascimento da Clínica", e o avanço científico da indústria farmacêutica, a associação entre o suicídio e a depressão pôde ser amenizada. Contudo, não foi resolvida, na medida em que ela está relacionada à condição humana.

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