segunda-feira, 18 de julho de 2011

NAMOROS, FILHOS E FILHAS


Uma fez uma policial me disse que gostaria de "arrebentar" uma garota que havia sido presa sob a acusação de pedofilia. A garota e o marido cometiam abusos contra a filha. Os dois foram condenados.
A indignação da policial está a associada à revolta de uma violência contra uma criança, que é feita na própria família. Como uma criança pode se defender de uma violência sexual cometida pelos seus pais? São dois problemas: um, o fato de ser criança e, o outro, a relação dela com os pais deveria ser baseada no amor e na confiança. Mais do que uma violência física, o que já é extremamente grave, existe um confusão de valores, que resulta em um trauma que acompanhará a vítima por toda a vida.
Não concordo com a argumentação de que, numa situação como essa, os pais seriam "doentes". Trata-se de um discurso perigoso que quase coloca a vítima - uma criança - como "sedutora" de dois adultos "fragilizados". A realidade não é essa, tanto que quando são denunciados - sim,  os "fragilizados" não confessam ou tentam buscar ajuda antes da prisão... -, esses indivíduos são corretamente condenados.
Existe um descuido sobretudo por parte da mãe quanto aos cuidados dos filhos e das filhas. 
Existem mães que concorrem com as filhas pela atenção dos mesmos rapazes. Existem casos que a mãe coloca dentro de casa, como padrasto, um rapaz da mesma idade ou mais jovem que a filha. 
Essas situações não são ilegais e nem querem dizer que resultarão em problemas graves. 
Contudo, principalmente no que diz respeito aos filhos menores de 18 anos, deve existir um cuidado maior quando for o caso de levar um namorado ou uma namorada para dentro da própria casa. A madrasta e o pai que foram condenados por jogar uma criança de um prédio em São Paulo podem servir de exemplo para esse tipo de situação.

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