segunda-feira, 18 de julho de 2011

MENTIRAS E ALTERNATIVAS

Houve uma época em que a única forma de amor verdadeira era a que existia entre dois homens. Houve um tempo em que as mulheres eram consideradas um instrumento que levaria ao céu (paraíso). 
O que mudou? Primeiro, em cada lugar e em cada período histórico, as pessoas criaram os seus próprios mitos para dar sentido a vida neste planeta. Segundo, os conflitos das classes sociais assim como as lutas religiosas e entre as nações produziram vencedores e derrotados. A versão que ficava, obviamente, entre a dos vencedores. No mundo ocidental, o discurso dominante foi o do cristianismo.
Assim, as mulheres foram colocadas num segundo plano - além de muitas terem sido assassinadas na Idade Média. O homossexualismo tornou-se uma aberração.
A partir de então, o amor verdadeiro era entre um homem e uma mulher e era possível num casamento monogâmico. Essas invenções ganharam a forma de leis. Mais do que isso, passaram a ser aceitas como verdades.
Quando mentiras são contadas e repetidas por séculos, não é fácil questioná-las.
Neste contexto, construir os seus próprios valores, na busca da felicidade agora (e não no futuro), parece ser a única alternativa razoável para um indivíduo que é usado pelos líderes religiosos e políticos como "massa de manobra" ou como "outro tijolo na parede" ("another brick on the wall" by Pink Floyd). 

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