segunda-feira, 13 de junho de 2011

16 + 30

Você consegue imaginar o que estará fazendo daqui 30 anos? Quando eu era adolescente, numa conversa com um amigo, fizemos essa pergunta e imaginamos como seria o futuro de cada um da nossa turma. Acertamos? Claro que não. A última vez que vi esse amigo, ele estava casado e trabalhava no grupo Algar. Na época, eu também era casado e dava aulas em duas faculdades. Não o vi mais desde então.

E os outros? Sei de gente que morreu de AIDs, outros foram presos por causa de drogas e outro foi parar no presídio, depois dos 45 anos, por estelionato e formação de quadrilha. Teve gente que ganhou dinheiro. A maioria, contudo, trabalha muito, mesmo depois dos 50, para sustentar os filhos e/ou pagar pensões. 

Pelo menos um tornou-se alcoólatra. Teve gente que formou e nunca exerceu a profissão. Houve garotas que nunca casaram, mas tiveram filhos e moram com os pais. Houve aposentadorias por motivos de saúde (AVC, por exemplo).

Os machistas de outrora ficam desesperados, hoje, com as filhas lindas e loucas - e nem imaginam o que as meninas efetivamente fazem nas noites da cidade... 

Teve gente que tornou-se evangélico. Alguns fizeram exames de próstata e outros não (pelo menos falam). Houve quem namorava as meninas mais bonitas e depois assumiu a homossexualidade. Divórcio? Alguns. Crise da meia-idade? Todos (apesar de vários não associarem o "nome" a "coisa").

Enfim, para um grupo de adolescentes que viveu na década de 1970, os rumos assumidos não devem ter sido tão diferentes de outras pessoas que cresceram nas periferias dos municípios brasileiros daquele período.  

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