sexta-feira, 3 de junho de 2011

INSTINTO SEXUAL: PÍLULA ANTICONCEPCIONAL E VIAGRA


Quem, num momento de revolta, não disse, para os pais, que não pediu para nascer? Deveria saber também, que eles não programaram a gravidezJohn Lennon é claro neste aspecto:
"Noventa por cento das pessoas deste planeta, especialmente no Ocidente, nasceram de uma garrafa de uísque numa noite de sábado - são acidentes. Não conheço ninguém que seja um filho planejado. Todos nós somos embalos de sábado a noite." (Playboy - Entrevistas, p. 308)
Trata-se de uma opinião radical. Assim era Lennon. A sua fala corresponde a um contraponto ao "não pedi para nascer". Quando um filho diz isso, deveria ouvir dos pais: "e quem disse que pedimos?"Especialmente no caso de uma mãe, jamais ocorreria uma reação desta maneira. Os pais tentam ser compreensivos com os filhos e com os netos. Por isso, mentem sobre quase tudo, exceto o amor que sente por suas crias.
Renato Russo já dizia: "os seus pais são crianças também". Queria dizer, basicamente, que todos estariam no mesmo barco: a vida. Em outras palavras, sexo é bom pois representa a possibilidade de continuidade da vida. Animais entram no cio para preservar a espécie. No caso do homem, como ele tenta controlar tudo, resolveu também controlar o impulso sexual associado à procriação. Inventou apílula anticoncepcional. Posteriormente, pensando no sexo como prazer, inventou o viagra.
Pílula anticoncepcional e viagra tratam de questões relacionadas ao corpo. Mas o sexo, além do instinto da natureza, envolve, no indivíduo, o lado emocional. Como negar o óbvio? Mesmo quando um ato parece não ser importante, ele fica gravado na mente da pessoa e, de alguma maneira, pode influenciar as suas futuras ações.
É natural resistir a um pensamento que corresponde a um ato desagradávelResistir, negar, só piora e reforça a neurose, criando problemas para o indivíduo, como a insônia (ponto de vista freudiano). O que fazer, então? Primeiro, assumir para si (e não para os outros) que de alguma maneira a pessoa foi responsável por aquele ato. Segundo, fazer uma auto-crítica, afinal, o que a levou a tal situação? Por que o ato gerou incômodo depois? 
Auto-crítica pode não ajudar a consertar os erros do passado, mas, pelos menos, evita repeti-los no futuro.

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