terça-feira, 7 de junho de 2011

LOLITA

No século XVII, Molière, ator e autor de peças teatrais, casou com a filha de sua amante. No século XX, foi a vez de Woody Allen casar com a sua filha (adotiva), o que enfureceu a sua ex-esposa, Mia Farrow, e escandalizou os Estados Unidos. Trata-se literalmente da "síndrome de Lolita": o pai ou padrasto dorme com a mãe mas, de fato, é apaixonado pela filha. 
Vladimir Nabokov, autor do livro Lolita, afirma, sobre o livro, que seria "uma infantilidade estudar uma obra de ficção a fim de informar-se sobre um país, uma classe social ou o próprio autor." Ele escreveu a obra em 1955 e a sua publicação gerou polêmicas.
A fantasia deveria ser percebida como tal. Entretanto, os casos de Molière e Woody Allen são reais. Não são os únicos. Historicamente, tais casos devem ser contextualizados de acordo com as regras de cada sociedade, o que não justificaria o princípio do abuso sexual de uma criança, afinal, é uma relação desigual. O limite (moderno) de 18 anos parece razoável no tratamento da questão, mesmo considerando que muitas meninas de 14 ou 15 anos já tenham vidas sexuais ou sejam mães - casadas ou solteiras.
A lei deve ser respeitada. A relação entre um adulto e uma criança é desigual. Se o adulto for o pai ou a mãe, só complica o processo. A instituição família deveria existir como forma de educação e proteção para as crianças. É inconcebível a  idéia do inimigo estar lá dentro e ainda se mostrando como o "protetor" aos olhos da comunidade. 

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