terça-feira, 7 de junho de 2011

DIVERSÃO 

Entender o seu papel na comunidade e na sua relação com o outro pressupõe compreender você primeiro. Não dá para criticar algo sem que ocorra, antes, auto-crítica. Você tem que ser capaz de olhar para si mesmo. 
Insistir na fantasia, ainda é uma escolha sua. Insistir demais pode ser o caminho da loucura, da perda da razão, quando você cria uma mundo só para você e não consegue perceber mais a realidade. 
Você tem medo do que? Da loucura? Da solidão? Da falta de dinheiro? Da falência? Do desemprego? De não ser amado (a)? 
O medo pode te levar à fuga - como alcoolismo, excesso de trabalho, fanatismo religioso, vício em drogas e consumismo - antes de você enfrentar a realidade. Viver na fantasia é fácil. O difícil é conseguir sair dela. O chato é a insônia. O que incomoda é o pesadelo, o seu inconsciente te alertando de coisas que você se esforça bastante para esquecer. Se durante o dia, quando as lembranças desagradáveis tentam aparecer, você bebe ou usa droga, no sono, isso não seria possível. O seu inconsciente é implacável. 
Lidar com essas três dimensões - sonho, fantasia e realidade - certamente não é algo simples. No entanto, também não é a morte ou o fim do mundo. Isso não acontece só com você. O capitalismo existe a partir da exploração de uma minoria sobre uma maioria. O mundo não é justo. Toda relação amorosa está fadada ao fracasso (para dizer o mínino). Então, a resposta seria desistir? Claro que não. A resposta estaria no "sussurro do vento", como naquelas músicas do Bob Dylan e do Led Zeppelin? Bem poético, mas sem efeito prático (eu sei que essa não era a intenção dos compositores)... A resposta é não fugir e isso quer dizer simplesmente viver, lidar com os prazeres e os problemas proporcionados pelas relações que inventamos. Sofrer, algumas vezes... Divertir mais, se possível...  

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