domingo, 5 de junho de 2011

A ORIGEM DA CRISE

O mundo está em crise. Alguns dizem que sempre foi assim. Outros afirmam que tudo seria perfeito, são os alienados.
Diante das crises, o mais simples é negar o óbvio. Como diz aquela personagem do filme "Invasões Bárbaras" (já citada em outro texto), existem indivíduos "que são incapazes de ver a realidade."Tentam viver numa fantasia, criando ilusõesdissimulandoinventando o que não existe, esquecendo rapidamente o passado. Andam nas nuvens. Imaginam que enganam a todos, subestimando, assim, a inteligência dos outros. Sêneca já dizia:
"chegam como pesados fardos aos que se crêem seguros e esperam somente felicidade."
Quem tenta alertar os alienados, é acusado de ser louco ou pessimista.
É difícil problematizar a alienação, pois ela interessa aos poderosos, é reforçada pelas instituições. Os meios de comunicação de massa, em especial a televisão, ocupam um papel fundamental neste processo.
A alienação pode ser destruída a partir de uma situação grave vivida pelos indivíduos. Funcionaria como um "gatilho" (um agente do FBI associava o "trigger" à fantasia do psicopata). 
Quais situações seriam estas? Falência, traição, morte de um familiar, fim do casamento, desemprego... Basicamente, são aquelas situações que os indivíduos imaginam que nunca poderiam acontecercom eles, pois se consideram "especiais", "bons" ou superiores". Esquecem que um dia o "gatilho" aparece e funciona, nem que seja no momento da morte.
Acreditar em paraíso não diminuiu a insegurança e a solidão na hora da morte. Falar não é fato. Dizer que não sente algo, é admitir exatamente o contrário. Fingir que não vê a realidade não impede que a dor seja real.
Não admitir as crises e viver na fantasia é uma escolha de cada um. Sentir a dor da existência não é uma opção, não depende do indivíduo.
Para Schopenhauer, "viver seria sofrer". O esforço para não enxergar a realidade só adia uma dor que é necessária ao ser humano. Sêneca estava certo.  

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