terça-feira, 7 de junho de 2011

MODELOS

Como o cartunista Angeli, tenho certa implicância com o termo "politicamente correto". Nunca fui viciado em cigarro - ou outro coisa - na minha vida, mas passei a fumar recentemente, meio por causa disto: não pode! Por favor! Nunca me importei com fumaça de cigarro, mesmo não sendo fumante. 
O que não suporto é censura e pseudo-moralismo. Um dos méritos de "Sex and The City" é esse: a personagem principal fuma o tempo todo e tem que lidar com as limitações que a sociedade atual coloca ao seu vício. O modelo masculino da série - Mr. Big (Freud daria risadas com o nome...) - fuma, mas só charuto "Cohiba" (reconheço que ele tem bom gosto...). O personagem Charlie Harper só fuma charutos também. Ele não faz propaganda da marca, mas, visivelmente, a sua caixa de charutos é da "Cohiba". 
Em suma, de acordo com a ideologia atual, devemos acreditar num desenvolvimento sustentável, evitar os sacos plásticos e economizar água - mijar durante o banho, como mostra aquela propaganda... Não dá para ser contra a vida. Entretanto, outra coisa é negar a natureza humana. O que significa isso? Simples, com base em Freud, o indivíduo lida com a contradição entre o amor pela vida e o desejo de auto-destruição - o segundo vence, claro, pois, no final, a pessoa morre. Em outras palavras, o chamado "desenvolvimento sustentável" convive com países que possuem bombas atômicas que poderiam destruir o planeta. Reduzir o número de bombas seria como um sedentário começar a fazer exercícios regularmente após os 50 anos, imaginando que isso prolongaria a sua vida... Não esqueça: você foi sedentário até essa idade pelo seu lado auto-destrutivo... Você nasce para morrer. É isso. É tão óbvio e tão difícil de aceitar. O mundo existe sem você. O universo existe sem a humanidade. O que significa o planeta terra? Não somos importantes nem na nossa galáxia, o que dirá do ponto de vista do universo? 
Até a Idade Média, fazia sentido acreditar que tudo girava em torno da terra e do homem. Mas, com a o avanço da ciência e da filosofia, acreditar nesses princípios seria como esperar sinceramente o Papel Noel numa noite de natal, com neve, num país tropical...
Ironia. Cinismo. Ceticismo. O que restou ao homem do século XXI ?! ...

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