terça-feira, 21 de junho de 2011

TRAIÇÃO

Parece que os jovens traem mais hoje do que antigamente. Mentem com mais facilidade. Não se preocupam com as consequências dos seus atos.
Tudo isso é resultado de uma geração de (muitos) pais divorciados e (muitas) mães solteiras, geração que foi criada num clima político sem  censura e, na área econômica, sem inflação. As conquistas do movimento feminista aparecem como coisas naturais aos olhos dos mais jovens. A flexibilidade na educação (tanto na escola como na família) contribuiu para a formação daqueles que agora estão com 20 e poucos anos.
Assim, trair a pessoa num namoro não é considerado grave. Para alguns, é um hábito. Fazem isso sempre e em todos relacionamentos. Tudo funciona até o indivíduo experimentar do próprio veneno, ou seja, quando ele realmente gosta de alguém e descobre que foi traído... Vem a sensação ruim de ter sido enganado pela pessoa amada... a dor no coração... a angústia... a solidão...
Em muitos casos, por causa do amor, quer perdoar a traição, mas tem medo que aconteça novamente. Fica claro que alguma coisa "quebrou" na relação e ela nunca mais será a mesma. Mas se está apaixonado, o que fazer? Não consegue mais viver sem a pessoa amada e não suporta olhar na cara dela e lembrar da traição. O dilema deve servir como um aprendizado, como uma autocrítica, afinal, o que ele fazia com todos, ocorreu com ele.
Entretanto, nem sempre as pessoas mudam após sofrer uma traição. Muitos desejam vingança, como se isso fosse resolver alguma coisa. Outros escolhem o cinismo. De qualquer maneira, a primeira traição (sim, virão outras) muda algo no indivíduo. A partir daquele momento, ele terá que fazer novas escolhas. A sensação de que era intocável não existe mais. Ele é apenas um ser humano e sofre como qualquer um. Pode ser que fique mias maduro no que diz respeito às relações amorosas. Ou não. Cada um faz o seu caminho. Mas é justo saber que ninguém é melhor que ninguém. Em resumo, estamos no mesmo barco.

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